Com 2 a 0 em Pereira, Seleção de Ney Franco fará final do Mundial Sub-20 no próximo sábado. Atacante do São Paulo vira o artilheiro do torneio
“Por que não?”, disse Henrique ao ser perguntado sobre a possibilidade de se tornar artilheiro do Mundial Sub-20 nos dois jogos restantes que a Seleção Brasileira tinha a realizar. Nesta quarta, o atacante do São Paulo marcou duas vezes, igualou-se ao espanhol Vázquez no topo da lista de goleadores (cinco) e, o principal, classificou o Brasil para a final da competição na Colômbia: 2 a 0 sobre o México na semifinal em Pereira.
O rival da decisão será Portugal, sábado, às 22h (de Brasília), em Bogotá, com transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM. As duas seleções já decidiram em 1991, quando os portugueses venceram nos pênaltis e ficaram com a taça pela segunda vez em sua história. Tetracampeão do Mundial Sub-20, o Brasil foi vice em 2009 para Gana e agora busca seu quinto título no torneio. O maior campeão é a
Argentina, com seis.Brasil como 'vítima' no primeiro tempo
A exemplo do que Mano Menezes fez no último domingo, o técnico da seleção principal do México, Jose Manuel De La Torre, também compareceu às tribunas do Hernán Ramírez Villegas para ver a futura geração de seu país. A julgar pelos primeiros minutos, ele não gostou do que viu.
Enquanto o Brasil tentava encontrar furar o bloqueio adversário com as habituais tabelas e até chegou a assustar com Oscar e Casemiro, melhores brasileiros na etapa inicial, o México abusou da violência com uma de suas estrelas, o atacante Erick Torres. Jogador do Chivas Guadalajara, ele atingiu Bruno Uvini, Casemiro e Gabriel na maldade até os 15 minutos – o goleiro, inclusive, quase foi substituído por ficar com o olho direito muito inchado. Levou apenas um cartão amarelo.
Torres ainda foi personagem ao marcar de cabeça, completamente sozinho, aos 46 minutos, mas teve o gol corretamente anulado por impedimento. O meia Ulises Dávila, principal preocupação do técnico Ney Franco, também foi dono de jogadas importantes.
O Brasil não teve uma chance tão real quanto os rivais, mas foi quem mais martelou. Além de Oscar e Casemiro, o centroavante Willian teve duas chances, uma delas quando não conseguiu acertar a cabeçada, aos 36 minutos, em boa trama do meia colorado e de Gabriel Silva.
Henrique 'mata' o jogo na etapa final
Durou cerca de 10 minutos a formação brasileira para o segundo tempo. Insatisfeito com o rendimento ofensivo, Ney Franco pôs Negueba no lugar de Willian. A intenção era claramente dar mobilidade, mas não funcionou como esperado. Melhor em campo, o México foi para cima e encontrou facilidade por duas vezes. Aos 13, Piñon apareceu livre e chutou cruzado. Gabriel fez boa defesa com os pés. Quatro minutos depois foi a vez de Rivera finalizar com espaço dentro da grande área. O goleiro brasileiro novamente brilhou e sequer deu rebote.
Ney Franco atendeu aos pedidos da torcida e colocou Dudu aos 24 minutos. O lateral-direito Allan também entrou e fez o Brasil mudar taticamente. Danilo foi para o meio-campo, Casemiro para a zaga e Juan para a lateral-esquerda. As chances apareceram. Aos 30, o próprio cruzeirense cruzou rasteiro e forçou o goleiro Rodríguez a espalmar. Os mexicanos também assustaram, com Dávila, aos 34, em finalização que tirou tinta da trave de Gabriel.
Quando se esperava a prorrogação, o Brasil chegou ao gol da vitória. Aos 35, Negueba cruzou da direita na cabeça de Henrique, que minutos antes havia furado uma finalização. Dessa vez ele não perdoou: 1 a 0.
Com espaço, o Brasil teve a facilidade que não havia encontrado em toda a partida para ampliar. Aos 39, Danilo enfiou para Dudu, que cruzou rasteiro na medida para Henrique, de novo, se consagrar. O atacante do São Paulo comemorou batendo no braço machucado, seu novo amuleto.
Gabriel, Danilo, Bruno Uvini, Juan e Gabriel Silva (Allan); Fernando, Casemiro, Oscar e Philippe Coutinho (Dudu); Henrique e Willian (Negueba) | Rodríguez, Acosta (Pulido), Araújo e Reyes; Orrantia, de Buen (Piñon), Enríquez e Ibáñez; Dávila; Guarch (Rivera) e Torres |
Técnico: Ney Franco | Técnico: Juan Carlos Chavez |
Gol: Henrique, aos 35 e aos 39 do segundo tempo | |
Cartões amarelos: Torres, Enriquez, Rivera, Araújo (México); Gabriel Silva, Juan (Brasil) | |
Estádio: Hernán Ramírez Villegas. Data: 17/8/2011. Árbitro: Mark Clattenburg (ING). Auxiliares: Simon Beck (ING) e Stephen Child (ING) |
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