quarta-feira, 30 de maio de 2012

Fundos podem comprar Celpa


Os fundos brasileiros Vinci Partners Investimentos e GP Investments estão planejando a compra da distribuidora de energia do Pará, Celpa. A notícia da possível venda foi divulgada pelo portal de notícias econômicas Bloomberg e rapidamente se espalhou pelos meios empresariais do Estado. Em Belém, fontes da empresa confirmaram que representantes do fundo estiveram no Pará há cerca de duas semanas para verificar os números da empresa, mas até a noite de ontem não havia confirmação oficial sobre um possível fechamento do negócio.

A Celpa está sob regime de recuperação judicial desde fevereiro deste ano. As dívidaschegariam R$ 2,4 bilhões, sendo quase R$ 1 bilhão com instituições financeiras e mais de R$ 500 milhões com a Eletrobrás, uma das acionistas da empresa que era estatal, foi privatizada pelo governo do Estado em 1998.
O Vinci Partners atua no chamado private equity, fundos que vêem em empresas sem ações em bolsas e que passam por dificuldades como oportunidade de investimentos. Eles trabalham na recuperação de companhias para futura venda.
O Vinc Partners é um fundo considerado bastante agressivo nessa área. Já controla a Equatorial Energia que detém ações da Cemar, distribuidora de energia no Maranhão. Segundo as informações da agência Bloomberg, fontes informaram que uma possibilidade é a fusão das operações das distribuidoras do Pará e Maranhão, uma vez que, caso a venda se concretize, ambas estarão sob controle de um mesmo grupo.
Há algumas semanas, outro fundo o Laep Investments também anunciou a possibilidade de fazer uma oferta pela Celpa que tem como acionista controlador Jorge Queiroz Jr do grupo Rede.
A Celpa atende hoje mais de 7 milhões de pessoas no Pará e é uma das distribuidoras de energia campeãs de queixas pela precariedade dos serviços. A venda poderá ser uma saída para a empresa, já que governo federal tem resistido à ideia de assumir a companhia por meio da Eletrobrás.
O Diário apurou que, pelo porte dos grupos envolvidos, em caso de uma possível venda, a operação teria que ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Uma pesquisa no site do órgão não havia processos recentes em que a Celpa é parte, o que indica que mesmo que a negociação esteja adiantada ainda faltam alguns passos para uma possível concretização.
AUMENTO
O consumidor paraense poderá amargar um aumento de 6,7% na conta de energia elétrica fornecida pela Celpa. Ontem, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a realização de audiência para consultar os interessado sobre a revisão tarifária da Celpa. O encontro vai acontecer no dia 14 de junho, em Belém. Antes disso, o consumidor e outros interessados podem apresentar subsídios pró ou contra a proposta. O período para contribuições será de amanhã (31/05) a 29 de junho.
(Diário do Pará)

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