Rafinha Bastos estreou a versão brasileira de “Saturday Night Live” fazendo piada com o depoimento que Xuxa deu ao "Fantástico" na semana passada. Com toda acidez que tem direito, o humorista debochou do namoro da loira com Pelé e dos boatos que cercam a vida da apresentadora - como uma relação afetiva com Marlene Mattos e um suposto pacto com o diabo.
Essa foi a forma que o ex-CQC encontrou de mostrar que não pretende mudar a forma de fazer humor por conta das críticas dos politicamente corretos - e dos processos que correm contra ele na justiça. Bastos aproveitou ainda para mandar um recado para seus desafetos, como o ex-jogador Ronaldo.
“Ronaldo Nazário não é um papa-traveco. Ele é um ídolo nacional que tem todo o direito do mundo de confundir a individualidade dos indivíduos. Peço desculpas”, ironizou.
Com piadas abusadas, Rafinha caiu em cima dos homossexuais, da Igreja Católica e até da seleção de pólo aquático. A turma do “SNL” esbanjou palavrões, humor escatológico e, por vezes, perdeu a graça com suas sátiras.
Sem medo de desagradar a direção da emissora, o humorista fez várias críticas ao canal e comentou até sobre o atraso de salários – tema tabu no canal que já custou a demissão de uma jornalista. Sobrou até para Luciana Gimenez, mulher de um dos donos da empresa, e Marina Lima, única artista que aceitou o convite para se apresentar na estreia. "No programa americano, esta semana foi o Mick Jagger. Aqui, até o Frank Aguiar recusou”, contou.
Aliás, se tem algo que a produção precisa consertar urgentemente é o áudio da atração musical da noite. Quase não se entendia o que Marina cantava no palco. Na verdade, a direção poderia ter limado a convidada da noite. O número da cantora era de dar sono e fez o telespectador dar uma espiadinha no “Pânico na Band” enquanto a música não terminava.
No todo, a atração surpreendeu por sua originalidade. Os cenários são bem medianos, mas se tratando da Rede TV! o trabalho da equipe surpreendeu. A qualidade do “SNL” é muito inferior ao original. Ainda assim, o programa conseguiu traçar um novo jeito de fazer humor no Brasil sem copiar a concorrência.
O programa emplacou três hastags no Treding Topic no Twitter. A maioria criticando as piadas apresentadas no projeto. A audiência também deixou a desejar. Segundo dados prévios do Ibope, a produção marcou dois pontos de média.
Tanta acidez com certeza irá lhe trazer problemas. Mas antes um polêmico e debochado Rafinha Bastos do que cinco “Cassetas” chapa branca e enfadonho.
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