quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Servidores da Cosanpa suspendem atendimento para fazer protesto

Os servidores da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) vão paralisar suas atividades hoje para fazer um protesto, durante a manhã, em frente à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). O objetivo é impedir a votação do projeto de lei que autoriza a instituição de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em todas as áreas da administração pública, incluindo a de saneamento. Para mobilizar a categoria, o Sindicato dos Urbanitários - entidade que representa os trabalhadores da Cosanpa - promoveu, ontem pela manhã, assembleias em todas as unidades da companhia na Região Metropolitana de Belém (São Brás, Utinga e Bolonha, Pedreira, Marambaia, Cidade Nova e Jurunas) e do interior do Estado.
"O governo do Estado mandou a proposta das PPPs em novembro passado e, estrategicamente, foi aprovada em todas as comissões da Alepa, aproveitando o momento que a população estava voltada para o plebiscito sobre a divisão do Pará. Se não fosse o deputado Carlos Bordalo (PT) pedir vistas, o projeto teria sido aprovado na última quarta-feira, sem ao menos ter sido discutido com a população", criticou o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Ronaldo Romeiro Cardoso.
Por conta disso, a categoria aprovou ontem uma paralisação de 24 horas para hoje. Para os urbanistários, a proposta sinaliza a privatização dos serviços públicos estaduais. "Por este motivo, vamos nos reunir com outras entidades sindicais e de centrais de trabalhadores para se evitar a privatização do serviço público no Pará. As PPPs são uma ‘carta branca’ dada para o governo, sem a anuência dos servidores", frisou o sindicalista.
O secretário do sindicato, Pedro Blóis, lembrou que, no Brasil, há uma campanha contra a aprovação das PPPs de iniciativa da Federação Nacional dos Urbanitários e tem o apoio de outras entidades populares e sindicatos, porque, para os trabalhadores, a proposta não é garantia de qualidade e democratização do serviço.



( O Liberal )

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