terça-feira, 5 de junho de 2012

Professores da UFPA pedem que pós-graduação pare



Professores da UFPA pedem que pós-graduação pare   (Foto: Thiago Araújo)
(Foto: Thiago Araújo)
Nesta terça-feira (5), a greve dos professores das universidades federais de todo país chega ao seu 20º dia, ainda longe de um acordo entre o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de EnsinoSuperior (Andes) e o governofederal, porque nenhuma rodada de negociação foi feita. A paralisação nacional iniciou no dia 17 de maio e, atualmente, professores de 49 instituições federais estão sem dar aulas.
Na Universidade Federal do Pará (UFPA), por enquanto, apenas os cursos de graduação estão parados. Setores como as bibliotecas, restaurantes e hospitais universitários, e cursos livres funcionam normalmente. Contudo, a Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa) vai se reunir com os coordenadores dos programas de pós-graduação na manhã de hoje para discutir a paralisação dos cursos de especialização, mestrado e doutorado.
De acordo com a Adufpa, todos os campi do interior aderiram à greve, que na capital conta com a adesão de 80% da categoria. Em alguns cursos, como Engenharia Civil, as aulas estão normais, com a maioria das turmas funcionando.
Na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) algumas aulas estão sendo ministradas, outras não. A turma de 7º semestre de Zootecnia que deveria se formar no final desse ano teme terminar o curso apenas em 2013.
BRASÍLIA
Nesta terça-feira (6), professores e demais servidores federais programaram uma grande marcha na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para reivindicar maior atenção do governo ao movimento. Um ônibus com um grupo de professores e servidores de Belém foi para o Distrito Federal para integrar a manifestação.
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho. De acordo com o responsável pelo Comando Nacional de Greve do Andes-SN, Aluísio Finazzi, o atual plano de também carreira não possibilita um crescimento satisfatório do professor.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que todos os acordos firmados em 2011 com os professores universitários da rede federal foram cumpridos pelo governo e, nesse cenário, não vê justificativa para uma greve da categoria neste momento.
Alunos e servidores da UFPa também grevam e paralisam tudo
Estudantes de 19 universidades também entraram em greve para pedir melhores condições de ensino. Segundo a Andes, a greve afeta mais de 1 milhão de estudantes. Ontem, os  alunos da UFPA anunciaram greve estudantil e no próximo dia 11, os funcionários também paralisam em busca de melhorias no sistema público educacional.
Em assembleia realizada nesta segunda-feira (4), cerca de 200 estudantes se reuniram em frente à reitoria da UFPA para votar a greve em apoio aos professores.
Hoje, às 17h, no anfiteatro do Vadião da UFPA, a ADUFPA realizará um “ato show”, um protesto dos professores da universidade em formato de manifestação cultural, com apresentação da cantora Alba Maria, intervenções de dança, encenações e distribuição de comidas típicas. O ato também deve contar com a participação dos estudantes que apóiam o movimento grevista. (DOL, com informações do Diário do Pará)

0 comentários:

Postar um comentário