Após a apresentação do laudo sobre o estalo no Edifício Wing, que
mostra que a fissura que originou a queda parcial de um dos pilares do
prédio foi mal executada no momento da construção, um morador do prédio,
Aldemar Cardoso, afirmou nesta quarta-feira (19) ao Portal ORM que os condôminos estão em processo de contratação de uma equipe de advogados. O próximo passo é iniciar o laudo independente.
'Estamos fechando contrato com uma equipe de advogados que deve tomar conta dos trâmites legais na Justiça. O Ministério Público do Estado já está fazendo um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), que logo será apresentado para os moradores e para a Porte Engenharia. Nós decidimos que será uma equipe de engenheiros da UFPA que irão realizar o laudo. Depois disso, vamos esperar o posicionamento do MP', explica o morador.
'Estamos fechando contrato com uma equipe de advogados que deve tomar conta dos trâmites legais na Justiça. O Ministério Público do Estado já está fazendo um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), que logo será apresentado para os moradores e para a Porte Engenharia. Nós decidimos que será uma equipe de engenheiros da UFPA que irão realizar o laudo. Depois disso, vamos esperar o posicionamento do MP', explica o morador.
O Portal ORM também
conversou com o diretor da Faculdade de Engenharia da UFPA, Manoel
Peres, que explicou que os engenheiros que participarem da perícia no
Edifício Wing serão imparciais, já que os moradores temiam contratar uma
empresa local que pudesse acobertar os erros da Porte Engenharia, para
não perder prestigio no mercado.
'Queremos mostrar para todos, que aquele ditado de que 'santo de
casa não faz milagre', aqui, faz sim. Provamos isso no laudo do edifício
Real Class, onde mostramos que o motivo do desabamento do prédio foi
erro de cálculo. O que nos preocupa é que o Wing também foi feito pelo
mesmo engenheiro, Raimundo Lobato. Mas iremos encontrar os pontos que
estão irregulares e determinar se há ou não alguma forma de normalizar a
situação do prédio. Um edifício bem projetado não cai nem sob
nevasca', frisa Peres.
Sobre Raimundo Lobato, o Coronel dos Bombeiros, Donato Teixeira,
disse ontem (17), durante entrevista coletiva à imprensa, que a maior
preocupação da corporação é com relação ao histórico de erros do
engenheiro, o que de certo modo motivou o órgão a manter a interdição na
Rua Diogo Móia.
'Como informamos para a empresa, vamos aguardar pelo laudo que será feito pelos engenheiros contratados pela UFPA e depois vamos analisar os dois laudos e comparar com a perícia feita pela empresa contratada pela Porte Engenharia. Só depois isso, decidiremos o que será feito com o prédio. Isso deve levar em média uns 20 a 30 dias. Com vida não se brinca', afirma o coronel.
'Como informamos para a empresa, vamos aguardar pelo laudo que será feito pelos engenheiros contratados pela UFPA e depois vamos analisar os dois laudos e comparar com a perícia feita pela empresa contratada pela Porte Engenharia. Só depois isso, decidiremos o que será feito com o prédio. Isso deve levar em média uns 20 a 30 dias. Com vida não se brinca', afirma o coronel.
Este tempo sem solução preocupa os moradores da vila vizinha ao
Edifício Wing. Segundo Elsio Fonseca, que tem uma casa alugada na vila,
essa situação é preocupante. 'As casas na vila não são apenas de
moradia. Muitas delas também servem de escritório. Então, ficar mais de
um mês com as casas interditadas pode complicar e muito a situação de
todos. Sem falar que podem haver muitas quebras de contratos nas casas
alugadas', disse.
Redação Portal ORM
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