A ordem é planejar para pagar dívidas

Mesmo que a cautela não tenha ditado as compras de final de ano, ainda é tempo de se planejar para não começar o novo ano com problemas financeiros.

Independente dos planos e metas para 2014, o fundamental é que a família se reúna logo neste início do ano para avaliar os gastos que foram feitos para o Natal e o Réveillon e planejar os que ainda virão logo nos primeiros meses do ano.

A dificuldade imposta por quem ultrapassou os limites e comprou além das possibilidades neste final de ano é real, porém, para a economista e educadora financeira Patrícia Godoy isso não elimina a possibilidade de reorganizar a vida financeira da família.

Para quem já sente os excessos das compras de Natal, o que resta, agora, é projetar os próximos gastos. “Fica difícil para quem já começa o ano endividado, mas nada que com disciplina e determinação não se consiga resolver”, encoraja. “O início do ano já exige um policiamento maior porque têm os impostos, matrículas, material escolar, uma série de situações que fazem com que a pessoa precise rever tudo o que gastou no final do ano de 2013”, recomenda.

Para que a pessoa evite mais endividamentos desnecessários, apenas algumas perguntas podem ser suficientes. Antes de qualquer planejamento, é preciso exercitar a capacidade de autocontrole. “Eu estou precisando? Isso é necessário?”, orienta a economista. “A pessoa precisa chegar a uma loja, olhar, olhar mais uma vez e se perguntar se realmente precisa daquilo. A principal forma de endividamento, hoje, se chama impulso”.

DICAS

Primeira, das dicas elaboradas pelo presidente da DSOP Educação Financeira e da Editora DSOP, Reinaldo Domingos, está o registro dos compromissos já conhecidos para 2014, incluindo presentes, impostos e prestações já assumidas. Somente após essa avaliação, é possível colocar em prática os projetos que levarão às conquistas das metas e sonhos pretendidos.

Assim como o escritor, a educadora financeira Patrícia Godoy orienta que a família, junta, comece a colocar seus sonhos no papel. “A partir de agora a família tem que se reunir para que todos comecem a colocar seus sonhos e o que pretendem realizar em 2014, identificar quanto custa aquele sonho para que se comece a poupar. Também é importante avaliar o que foi planejado para 2013 e que não foi conquistado. É preciso saber porque não conseguiram”, explica. “O importante é fazer um planejamento consciente das possibilidades. A partir do momento que me determino, eu consigo. Ainda dá tempo, sim”, prega ela.

(Diário do Pará)