sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Nathália tem características de psicopata

O testemunho de manipuladora e articuladora do crime foi reforçado com mais uma estratégia de Nathália contra Joelson. Baseado em dados de um Boletim de Ocorrência registrado por Joelson no dia 4 de julho, sete dias antes do crime, às 9h30. Ele foi até a polícia e declarou que havia sido enganado por Raimundo, homem contratado para fazer sua mudança.

Ele informou que o homem foi até a sua casa, com uma Kombi, para fazer o serviço de transporte de alguns objetos. Ele iria levar parte da mudança de Joelson para Macapá, local onde iria morar com Nathália. Além dos móveis, Joelson disse que entregou a quantia de 2 mil reais nas mãos de Raimundo para entregar para a namorada.

Mas após a entrega, dias depois, recebeu um telefonema de uma mulher com o prenome de Vanessa, que se identificou como a esposa de Raimundo. A mulher disse que Raimundo pegou a mudança e fugiu com a amante. A partir dessas informações, Joelson pediu ajuda à polícia. Mas segundo os delegados responsáveis pela investigação, a mulher que fez a ligação para Joelson teria sido a própria Nathália.

“Ela se passou por essa mulher para mais uma vez se aproveitar dele, e já no dia 10 ela apresentou outra situação, a chegada em Belém e o inesperado encontro com a vítima, que foi para matar o rapaz”, disse o delegado Bosco.

MENTE DIABÓLICA

De acordo com a psicóloga Maira Amaral, Nathália apresenta forte característica de psicopatia, um indivíduo que apresenta transtorno de personalidade. “O psicopata é frio, manipulador, mentiroso e transgressor de regras sociais. Nesse caso, Nathália demonstrou esse tipo de atitude”, declarou a psicóloga.

Maira Amaral acrescentou que Nathália poderia voltar a cometer o crime com as mesmas características, caso permanecesse em liberdade.
“Pessoas com esse tipo de conduta podem vir a cometer o crime em série, já que para elas não basta matar, tem que ter requinte de crueldade, são pessoas que agem por causa própria”, disse a psicóloga.

CURIOSOS

O expediente na Delegacia Geral, ontem, foi até 18h, mas muitos dos funcionários optaram em ficar até mais tarde para matar a curiosidade de ter o breve contato com o casal acusado de cometer o crime. Recepção, serviços gerais, administrativo estavam funcionários de variados departamentos.

Rosilene Dias é copeira e está há dois anos lotada na Delegacia Geral, ela disse que sempre tem curiosidade em ver os presos que pertencem a esses casos de grande repercussão. Mas pela primeira vez optou por ficar até 21h30 no local de trabalho só para matar a curiosidade.

“Eu sempre fico curiosa para ver, mas dessa vez é diferente, vou ficar aqui até a hora que eles chegarem, quero ver eles de perto”, declarou a copeira.

Quem também estava na mesma sintonia que Rosilene era Marilu Carvalho, “foi um crime muito cruel, quero ver eles de perto, na verdade queria saber por que fizeram isso de forma tão cruel”, questionou a funcionária.

O auditório da Delegacia Geral ficou lotado por funcionários e por profissionais da imprensa, durante a apresentação do casal criminoso.
 
(Diário do Pará)

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