terça-feira, 27 de setembro de 2011

Bancários realizam piquetes nas agências da capital

Usuários de serviços bancários no Pará ficaram frustrados na manhã desta terça-feira (27) com o início da greve da categoria anunciada na semana passada. De acordo com o Sindicato dos Bancários do Pará, cerca de 80 % das agências dos bancos públicos e privados do Estado estão paradas desde o começo do expediente bancário. A greve é por tempo indeterminado. Ainda na manhã de hoje, a categoria realiza piquetes nas frentes das agências para alertar a população sobre a paralisação. 
Nós decidimos entrar em greve depois de mais uma rodada frustrada de negociações na semana passada. Pelo que percebemos hoje, a greve atinge 80 % das agências bancárias do Estado. Estamos alertando a população também para que saibam sobre nossa situação', explica Gilmar Santos, um dos diretores do Sindicato dos Bancários do Pará. Durante a manhã de hoje, os bancários se concentraram em frente às agências.

Na Avenida Presidente Vargas, principal corredor econômico da capital paraense, nas agências bancárias só funcionavam os serviços auto-atendimento. ‘Só estão funcionando os serviços essenciais como a compensação de cheques e duplicatas, mas o atendimento foi suspenso', diz Gilmar.

Quem precisou receber benefícios sociais na agência da Caixa Econômica Federal da Avenida Presidente Vargas, por exemplo, foi surpreendido pela paralisação. Foi o caso da dona de casa Maria dos Remédios. 'Cheguei aqui por volta das 9h da manhã e não sabia da greve. Eles poderiam ter avisado para as pessoas. Eu não sabia e preciso receber o dinheiro do Bolsa Família hoje', desabafa ela que disse não ter lido os jornais do dia para saber da greve. Maria conta também que havia muitas pessoas na fila que também não sabiam da greve. 'Tinham por volta de cem pessoas por aqui, muitas delas vieram do interior para receber o benefício, mas foram avisadas de que nada ia funcionar hoje'.


Reajuste salarial - A proposta dos patrões inclui reajuste de 7,8% sobre os salários e as demais verbas (vale-refeição, cesta-alimentação, auxílio creche/baba, dentre outras), o que equivale a apenas 0,37% de aumento acima da inflação medida pelo INPC do período. Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% no salário (inflação do período mais aumento real de 5%) e R$ 545 para cada uma dessas verbas.
Além do reajuste, a categoria reivindica a valorização do piso que também seria corrigido em 7,8% e passaria dos atuais R$ 1.250 para R$ 1.347,50 - muito abaixo da reivindicação da categoria, que é o salário mínimo do Dieese, calculado em R$ 2.297,51 em junho.
 
Redação Portal ORM

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