segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Impasse entre empresários e operários continua



Os trabalhadores da construção civil de Belém decidiram continuar em greve depois de mais uma rodada de negociações fracassada no início da tarde desta segunda-feira (12), no prédio da Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará). Seis representantes da categoria foram recebidos em reunião por diretores do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção do Estado do Pará), que informaram que ainda não analisaram a contra proposta feita pelos trabalhadores durante a última reunião, realizada na quinta-feira (8). Com o impasse, os trabalhadores decidiram manter a greve para esperar a resposta dos empresários.
'Nós apresentamos essa contra proposta na quinta-feira e eles disseram que ainda não analisaram. Eles devem fazer uma assembléia hoje para discutir essa contra proposta, mas não disseram quando vão dar uma resposta. Então, a greve continua', explicou Cléber Rabelo, representante dos operários.
Ainda segundo Cléber, os empresários disseram que só vão voltar a negociar depois que a categoria suspender a greve. 'Não vamos fazer isso porque estamos lutando desde cedo e não queremos desmobilizar a categoria', disse.
Dia de protestos - Os trabalhadores da construção civil realizaram mais um dia de protesto pelas ruas da capital paraense. A manifestação, que teve início às 8h desta segunda-feira (12), levou às ruas cerca de 500 operários em dois pontos da cidade. Durante a caminhada até a Fiepa, os manifestantes pararam em frente a uma obra na Avenida Generalíssimo Deodoro, entre Governador José Malcher e Nazaré, e exigiram que os operários participassem do ato.
Dois diretores do sindicato entraram na obra para negociar com o engenheiro responsável a liberação dos trabalhadores. Na semana passada, a juíza Edilene de Oliveira Franco concedeu uma tutela antecipada ao Sinduscon, determinando que manifestantes deverão ficar longe de canteiros de obras das empresas de construção civil afiliadas ao Sinduscom.


A categoria já entrou no 5º dia de greve e 8º de paralisação, segundo Cléber Rabelo. Mais de 100 canteiros de obra estão parados na capital e outras dezenas no interior, segundo dados do sindicato.
Exigências - A categoria espera que os empresários apresentem uma contra-proposta sobre as reinvidicações. Os operários decidiram reduzir os valores propostos inicialmente para negociação, que ficariam assim: de R$ 1.000 para os pedreiros, eles aceitaram reduzir para R$ 950. No caso dos serventes, de R$ 680,00, para R$ 670,00.
A cesta básica, cuja exigência inicial era de R$ 150,00, a proposta agora é de R$ 80,00. Os trabalhadores pedem ainda plano de saúde para a categoria, além de 10% de vagas reservadas para as mulheres.
Salários atuais - Os pedreiros ganham R$ 800,00; serventes, R$ 570,00, sendo que, com a proposta de reajuste de 10% dos empresários, esses valores ficariam em R$ 880,00 e R$ 630, respectivamente.
Redação Portal ORMFotos: Bruno Magno

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