quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Água "mineral" vem contaminada

Um susto que poderia valer a saúde da família da dona de casa Lidiane Arueira, 29. Ao comprar um garrafão de água mineral, ela foi surpreendida quando o filho de 10 anos disse que, do lado de dentro da embalagem, havia um “bichinho” se movendo, mesmo com a embalagem ainda lacrada.
“Foi um susto! Eu não tenho o costume de olhar dentro do vasilhame, a gente tem a mania de achar que tudo que vem lacrado está limpo”, diz Lidiane. A moça decidiu entrar em contato com a empresa Naturalli, responsável pela fabricação e engarrafamento do produto, mas, segundo Lidiane, a empresa duvidou. “Me disseram que eu poderia estar mentindo, e que eu mesma podia ter colocado aquilo dentro da água. Depois de muita insistência, eles mandaram um responsável”, conta a dona de casa.
Um químico foi enviado até a casa de Lidiane e analisou o conteúdo. “Ele constatou que tinha não uma, mas várias ‘traças’ dentro da água”, afirma. Segundo a moça, o químico explicou que os vasilhames são reutilizáveis, e que passam por um processo de lavagem antes de serem abastecidos. “O gerente de produção da Naturalli me propôs trocar por um outro garrafão, mas como é que vou confiar de novo se eu mesma já vi a falha?”, questiona. “Minha maior preocupação é com meu filho. Pois se nós tivéssemos usado a água e alguma coisa acontecesse, eu não teria como provar que a contaminação veio da própria fábrica” desabafa.
O garrafão visivelmente desgastado, apesar de dentro do prazo de validade de três anos, fica na casa de Lidiane até que a situação seja resolvida. “Não vou aceitar trocar porque não confio mais no produto de uma empresa que não preza pela saúde do consumidor. Espero que seja resolvido”, pontua a dona de casa.
VIGILÂNCIA
Segundo Tereza Rossetti, chefe da Divisão de Vigilância da Alimentação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), as embalagens reutilizáveis têm vida útil de três anos e, após engarrafada, a água tem validade de um ano, se respeitadas as condições de consumo e armazenamento. “Antes de comprar, o consumidor precisa ficar atento, pois como são embalagens reutilizadas, nem sempre estão em boas condições”, ressalta Tereza.
Ela fala também da importância de verificar a data de fabricação da água, presente na tampa. Já no fundo da embalagem encontra-se a validade do recipiente. “Avarias como rachaduras, lacres violados e falta de limpeza podem passar despercebidas, mas acabam influenciando na qualidade da água consumida”, enumera a chefe de Vigilância de Alimentos da Sesma.
A equipe do DIÁRIO tentou contato com o gerente de produção da empresa Naturalli, citado nesta matéria, mas o celular estava desligado.













(Diário do Pará)

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