O diretor e documentarista carioca Belisário Franca, 51 anos, é afeito a grandes temas. Em 2000, sob pesquisa do antropólogo Hermano Vianna, realizou um registro abrangente da música popular brasileira, com a série “Música do Brasil”. Da guitarrada ao mangue bit, nada escapou ao radar da série que serviu de plataforma de projeção para músicos como Chimbinha, da banda Calypso. Cinco anos depois, ele esmiuçou a vida cultural carioca na década de 1950 para dar origem ao programa, em sete episódios, “Bossa Nova”.
Agora, com o documentário “Amazônia Eterna” (2012) ele se vê às voltas com, como ele mesmo define, “o maior dos objetos de estudo da carreira”. Foram três anos de pesquisa, que culminaram em 12 semanas de filmagem em 16 municípios espalhados pelos estados do Pará, Amapá, Mato Grosso e Amazônia. A jornada foi motivada pela seguinte pergunta: como é possível a economia e a ecologia andarem juntas na Amazônia?
Obra aponta mocinhos e descarta vilões
“A Amazônia é sempre pintada em meio a um cenário de previsões catastróficas, de uma região fadada a um destino cruel e irreversível. Queria mostrar que a região tem solução, que a economia e a ecologia podem e já estão andando juntas. A Amazônia está sendo palco de uma série de experiências riquíssimas, que mostram que é possível prosperar a partir do conceito de sustentabilidade”, conta o diretor Belisário Franca, em entrevista durante uma sessão para convidados realizada na última segunda-feira, à noite, no cine Olympia, em Belém.
Com previsão de estreia no segundo semestre, o longa de 86 minutos, financiado pela mineradora Vale, através de lei de incentivo, se desenrola como um case publicitário de empresas e iniciativas bem sucedidas na região. São experiências que vão desde a uma pequena associação de 20 famílias que trabalham na extração do látex na fronteira do estado do Amazonas com o Acre às mudanças de gestão empregadas pela prefeitura do município de Paragominas. Leia mais no Diário do Pará.
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