A consulta popular que vai definir se o Pará vai se desmembrar em três partes ou não vai custar caro no bolso dos contribuintes. Segundo estimativa do Tribunal Superior Eleitoral, o custo financeiro do plebiscito será de R$ 24 milhões, o que, proporcionalmente, deverá ser a eleição mais cara que o País já teve. Nas eleições gerais do ano passado, a Justiça Eleitoral brasileira totalizou R$ 490 milhões em
gastos, o equivalente a R$ 3,63 por eleitor. No caso da consulta paraense, na qual os eleitores responderão se querem dividir o estado para a criação das unidades federativas do Tapajós e do Carajás, o custo será de R$ 4,98 para cada pessoa apta a votar. O valor é 37% maior do que o registrado nas eleições de 2010. Mesmo com a atualização da inflação no período, a diferença continua bem superior. Com os valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as eleições custariam hoje, em média, R$ 3,90 - ainda assim, o plebiscito sairia 27,6% mais caro. Em comparação ao referendo do desarmamento, realizado em outubro de 2005, os gastos com o plebiscito chegam a ser mais de duas vezes acima. De acordo com o TSE, aquela consulta pública custou R$ 2,07 por eleitor. Na época, 64% dos brasileiros disseram não à proibição da venda de armas no País. Levada em conta a inflação do período, ainda assim, o referendo custou menos que o plebiscito paraense, com média de R$ 2,77 per capita.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), os R$ 24 milhões são apenas uma previsão orçamentária e podem não corresponder ao montante gasto ao final do plebiscito. 'Em função do planejamento que estamos fazendo, existem dois tipos de despesas: tem as que são custeadas pelo orçamento do próprio TRE e alguns contratos que são pagos com recursos do TSE. A estimativa de gastos do orçamento do Tribunal é em torno de R$ 13,8 milhões. Então, esse é o valor da nossa estimativa de gastos com os contratos que serão geridos pelo TRE, como transporte de urna, alimentação de mesário, por exemplo', explicou o secretário de controle interno e auditoria do Tribunal Regional Eleitoral, Marcos Leão.
Fonte: O Liberal
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