terça-feira, 12 de abril de 2011

Quatro feridos em Realengo têm alta (Foto: Jadson Marques/ AE)
Vizinhos deixaram mensagens pedindo paz (Foto: Divulgação)
Quatro alunos feridos no massacre de quinta-feira (7) na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, receberam alta ontem. Seis permaneciam internados até o início da noite de ontem, dois deles em estado grave, segundo a Secretaria Estadual da Saúde do Rio de Janeiro.
Dois adolescentes de 13 anos que estavam internados no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), além de um garoto de 14 anos - baleado na cabeça, na clavícula e na mão - que estava no Hospital da Polícia Militar (HPM), e outra garota de 13 anos, que estava no Hospital Estadual Albert Schweitzer, voltaram para casa.
Permanecem internados cinco meninos e uma menina. J.O.S. passa bem, lúcido, no CTI pediátrico do Hospital Estadual Alberto Torres. Em estado grave, L.V.S.F. está sedado, respirando com ajuda de aparelhos no pós-operatório da neurocirurgia; e T.T.M. continua estável, ambos no CTI pediátrico do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. E.C.A.A., ainda em estado grave, e D.D.V., evoluindo bem, mas ainda sem previsão de alta, estão no CTI do Hospital Estadual Albert Schweitzer. L.G.C. está estável, consciente e evoluindo bem em leito de enfermaria do Hospital Universitário Pedro Ernesto.
RECOMEÇO
Na escola Tasso da Silveira, um mutirão limpou e pintou as salas onde os 12 adolescentes foram mortos a tiros. As duas salas serão transformadas em biblioteca digital e sala multiuso, de acordo com o diretor da escola, Luis Marduk.
“As reformas são tentativas de apagar um pouco da cabeça dos estudantes as cenas do massacre e evitar que eles deixem a escola”, disse Marduk, que trabalha há 20 anos no local.
Além da limpeza, a escola reabriu ontem para receber os pais que queriam buscar o material escolar deixado pelos filhos. Muitas crianças chegavam ao local, mas não conseguiam entrar, segundo o porteiro do colégio, Joaquim Vitorino, 57.
AMEAÇAS
Os boatos envolvendo o nome de Wellington Menezes de Oliveira em redes sociais levaram a Delegacia de Repressão a Crimes na Internet a investigar adolescentes que espalham ameaças. Na sexta-feira (08), mensagem em comunidade do Orkut levou a polícia a um colégio particular de Santa Cruz, zona oeste do Rio. O autor fazia referência a uma suposta cumplicidade com Wellington e prometia chacina similar à de Realengo.
Por causa do boato, metade dos pais não levou os filhos à escola na sexta-feira e ontem, data do suposto ataque. Ao rastrear as mensagens, a polícia chegou a um menino de 13 anos, aluno de uma escola vizinha, que confirmou a autoria do texto, mas negou conhecer Wellington ou ter intenção de promover a chacina.

Fonte: Diário do Pará 

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