domingo, 18 de dezembro de 2011

Final de ano dos paraenses vai ser debaixo de chuva

As previsões do 2º Distrito de Meteorologia (Disme) apontam que as festas de Natal e Ano-Novo podem ser debaixo de chuva. O inverno paraense deve começar a partir da próxima quarta-feira, com chuvas quase todos os dias da semana, principalmente à noite e entrando pela madrugada. A cada dia deve cair temporal de curta a média duração, seguido de chuva fina que deve se estender por até seis horas. E mesmo com tanta água, as temperaturas nos dias de sol devem se manter entre 32°C e 34°C. Com nebulosidade, a temperatura deve ser de 28°C. Durante as chuvas deve cair para entre 22°C e 24°C. A temperatura deve diminuir em janeiro, quando também as chuvas se tornarão mais intensas.
O chefe da Divisão de Meteorologia do 2º Disme, José Raimundo Abreu, ressalta que apesar das previsões, o inverno não deve ser rigoroso, mas ainda pode ficar acima da média de 203 milímetros de chuva. Espera-se para este mês uma média de 250mm. Até o dia 14 deste mês, já havia chovido 100 mm. “Estamos com uma previsão de ser semelhante ao inverno do ano passado. Porém, estamos passando por situações atípicas graças ao fenômeno La Niña. Nas próximas duas semanas, deve chover em 12 dias”, comentou.
Abreu acredita que as chuvas desse inverno vão causar alagamentos. Por isso, o poder público precisa preparar a cidade e a população também deve colaborar ao não jogar lixo nas ruas, que possam ir parar nos canais e entupir bueiros. “Toda essa água terá dificuldade de escoar. Por exemplo, 300 mm de chuva, numa área de 1.000 metros quadrados, equivalem a 30 mil litros de água. Se os bueiros e valas não estiverem limpos podem ocorrer alagamentos”, explicou.
População deve se prevenir para evitar os males dos meses chuvosos - No período chuvoso, a população deve ficar atenta para doenças como gripes e resfriados, que podem ser transmitidas em locais fechados e com grande concentração de pessoas. As roupas molhadas alteram a temperatura corporal, reduzindo a imunidade do organismo. As alterações bruscas de temperatura (sair do calor para a chuva forte ou de ambiente refrigerado para o calor) também reduzem as defesas do corpo e os efeitos são mais agressivos entre crianças e idosos.
Quem mora em áreas onde há pontos de alagamentos deve evitar o contato com a água contaminada, pois doenças como leptospirose, parasitoses e hepatite A podem ser contraídas. As poças de água que se formam depois da chuva viram criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, e do mosquito da malária, o Anopheles.
doutor em Medicina e diretor do Núcleo de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Pará (UFPA), Juarez Quaresma, ressalta que a medida preventiva mais eficiente é o saneamento básico. Lavar as mãos antes e após refeições, após ir ao banheiro e ao ter contato com pessoas, além de consumo de água potável, repouso e boa alimentação são medidas simples que ajudam a afastar doenças infecciosas e parasitárias. Evitar água parada e combater criadouros de mosquitos reduzem os riscos de se contrair dengue. O uso de mosquiteiros é recomendado em viagens para áreas de alta ocorrência de malária.
Doenças infecciosas são doenças causadas por microorganismos ou germes. Mas nem toda a doença infecciosa é contagiosa. A doença contagiosa é transmitida diretamente do indivíduo doente para o indivíduo sadio. O contágio caracteriza-se pela transmissão por contato direto. A utilização de objetos contaminados também caracteriza a transmissão, além disso a tosse, espirro, gotículas de saliva e até mesmo relações sexuais são meios de transmissão destes tipos de doenças. Algumas das mais conhecidas são gripe, resfriado comum, sarampo, rubéola, caxumba e hepatite B.
Cada doença tem um tratamento específico. No caso dos resfriados e gripes, medicamentos para combater os sintomas como febre, congestão nasal, coriza e mal-estar associados ao consumo de líquidos e repouso são mais indicados, pois essas doenças são provocadas por vírus e o sistema imunológico se encarrega de reconhecer e eliminar os invasores.
Nessa época, para se prevenir, muitas pessoas tomam vitamina C. Quaresma afirma que não há nenhuma comprovação científica sobre essa eficácia. “Doses diárias de vitamina C têm sido largamente difundidas não só para aumentar a resistência contra gripes e resfriados,como também para combater envelhecimento, aterosclerose e esquizofrenia. Entretanto, o consumo em excesso pode trazer danos como diarréias, litíase renal (pedras nos rins) e alterações menstruais, sobretudo quando o consumo for acima de 1g por dia”, alertao médico.




Fonte: O Liberal

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