quarta-feira, 13 de junho de 2012

CTBel limpa o pátio com leilão


FOTO:ILUSTRAÇÃO

Com lances que variavam de R$ 50 a R$ 13.500, cerca 130 veículos, entre carros e motos, foram leiloados ontem no pátio da Companhia de Transportes de Belém (CTBel). Em estado de sucata ou recuperáveis, os veículos foram retidos, removidos ou apreendidos e se encontravam no pátio de retenção do órgão há mais de 90 dias. Alguns estavam parados há mais de quatro anos e nunca foram procurados por seus proprietários. O objetivo da CTBel com o leilão, além de fazer valer a legislação federal, foi esvaziar o pátio da companhia, lotado de veículos inutilizados.Os compradores puderam realizar a visitação dos lotes nos dias 4, 5, 6 e 11 de junho.

A maior parte dos veículos estava em condição de sucata. Nesses casos, os compradores não tinham direito a documentação e não podem reformar os veículos. Conforme prevê a Resolução Nº 331 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), só as peças, fora o motor, podem ser reaproveitadas. 
Já os veículos que poderiam ser recuperados estavam sendo vendidos no estado e condições em que se encontravam, não cabendo qualquer reclamação posterior quanto a sua integridade ou à regularização de sua documentação. Cabia ao comprador, portanto, regularizar documentos como o IPVA (Propriedade de Veículos Automotores), os equipamentos de segurança e arcar com os custos da reforma do carro ou moto que adquirisse. 
Em todos os lotes, uma taxa de 5% era acrescida no valor para ser paga à empresa terceirizadaresponsável pelo leilão. “O leilão não é uma vantagem para a companhia, é um ônus, porque nós temos custos. Nós estamos leiloando veículos que estavam em situação irregular na via pública e não foram procurados por seus proprietários”, esclarece Gerlandson Oliveira, agente da CTBel e integrante da comissão do leilão. Ainda segundo Oliveira, são mais de 400 veículos parados ocupando espaço no pátio da CTBel.
Um número que deve ser reduzido em futuros leilões a serem realizados pela companhia.Piero Rodrigues, 25, ganha dinheiro vendendo peças de sucatas como as que ele comprou em leilões iguais ao de ontem. Foram mais de vinte lances que lhe renderam carros como o Santana 96, cuja oferta inicial foi R$ 300 e logo terá suas peças reaproveitadas em outros veículos. “Eu tô contente porque eu fiz um bom negócio. Tô comprando por um preço bom e logo vou poder estar revendendo”, fala Piero.
Apesar de a grande maioria dos veículos ter sido arrematada, houve quem protestasse contra os preços das ofertas iniciais de muitos lotes. “Tá muito caro. Colocam um preço lá no alto, aí nem compensa a pessoa comprar sucata para revender ou reformar o carro, porque os custos vão ficar lá em cima”, declara o militar Edson.Em Números 150 Veículos, entre motos e carros, maioria em estado de sucata e outros recuperáveis, foram leiloados pela CTBel400 É o número de veículos que ainda irão a leilão. Ontem, os preços dos lotes variaram entre R$50 e R$ 13.500. Sucatas não podem ser reformadas, só as peças vendidas(Diário do Pará)

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