segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Governo da Bolívia pede à Interpol captura internacional de senador que fugiu para o Brasil

O senador esteve refugiado durante 454 dias na 
Embaixada do Brasil em La Paz
Do R7, com agências internacionais
Roger Molina acenou para jornalistas em frente à casa de seu advogado, em Brasília26.08.13/Ueslei Marcelino/Reuters
O ministro do governo da Bolívia, Carlos Romero, disse nessa segunda-feira (26) que o Comando Geral da Polícia boliviana pediu à Interpol captura internacional do senador Roger Pinto, que chegou ao Brasil no último sábado (24).
"Foi solicitada pelo Comando Geral da Polícia a captura internacional (...) de Roger Pinto, que tem problemas com a lei", disse Romero a jornalistas, segundo a Agência Boliviana de Informações (ABI).
Para o governo boliviano, Roger Pinto enganou as autoridades brasileiras para obter a condição de asilado político, pois tem contra ele 20 acusações de corrupção. Esse foi o motivo para que a Bolívia negasse o salvo-conduto para o senador sair do país e vir para o Brasil.
O senador esteve refugiado durante 454 dias na Embaixada do Brasil em La Paz, desde 28 de maio de 2012, onde conseguiu asilo ao denunciar que era um "perseguido" político do governo, acusação sempre negada por Evo Morales.
Roger Pinto Molina chegou ao Brasil no sábado (24). Ele teria escapado da Bolívia em um carro da embaixada, escoltado por fuzileiros navais brasileiros, de acordo com o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Para chegar ao Brasil, o senador boliviano enfrentou 21 horas e meia de viagem de carro, saindo de La Paz, a capital boliviana, passando por Cochabamba, Santa Cruz de La Sierra e Puerto Soares, até chegar à cidade brasileira de Corumbá (MS). Como está enfrentando um problema renal, ele pediu para o carro parar por ao menos duas vezes, porque teve náuseas e mal-estar.

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